Todas as escolas públicas e particulares da educação básica devem
ensinar aos alunos conteúdos relacionados à história e à cultura
afro-brasileiras. Desde o início da vigência da Lei nº 10.639, em 2003, a
temática afro-brasileira se tornou obrigatória nos currículos do ensino
fundamental e médio. Nada mais justo, já que nossa identidade perpassa a cultura afro! Assim, esta semana está sendo dedicada à reflexão sobre a importância das manifestações negras, especialmente na literatura.
Durante a semana serão vistos vídeos e filme, a fim de diminuir o preconceito racial e desenvolver reflexão e respeito, além de orgulho, em relação à bagagem cultural africana.
O PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA
Preconceito, nunca. Temos opiniões bem definidas sobre as coisas. Preconceito é outro que(m)
tem... Mas se prestarmos atenção certamente nos lembraremos de certas
afirmações que já fizemos ou costumamos fazer. Falamos sobre “as
mulheres”, a partir de experiências pontuais; conhecemos “os políticos”
após acompanhar a carreira de dois ou três; sabemos tudo sobre “os
militares”, porque o síndico do nosso prédio é um sargento aposentado.
Mas discorremos de maneira especial sobre raças e nacionalidades e, por
extensão, sobre atributos inerentes a pessoas nascidas em determinados
países. O mecanismo funciona mais ou menos assim: estabelecemos uma
expectativa de comportamento coletivo (nacional, regional, racial), a
partir de umas poucas impressões sobre esses grupos e seus componentes,
ou mesmo sem conhecermos pessoalmente nenhum membro do grupo sobre o
qual pontificamos. Enfim, uma noção que formamos a partir de um exemplo
ou de uma informação, é transplantada para toda uma categoria.
Afinal
todos sabemos (sabemos?) que os franceses não tomam banho; os mexicanos
são preguiçosos; os judeus, argentários; os árabes, desonestos, e por
aí afora. Sabemos também que os cariocas são folgados; os nordestinos,
miseráveis, etc. Sabemos ainda que o negro não tem o mesmo potencial que
o branco, a não ser em algumas atividades bem definidas como o esporte,
a música, a dança e algumas outras que exigem mais do corpo e menos da
inteligência. Sabemos que os mexicanos são preguiçosos, porque eles
aparecem sempre dormindo embaixo de seus enormes chapelões enquanto os
diligentes americanos cuidam do gado e matam bandidos nos faroestes.
Para comprovar que os italianos são ruidosos achamos o bastante
freqüentar uma cantina no Bixiga. Falamos sobre a inferioridade do negro
a partir da observação de sua condição sócio-econômica. E achamos que
as praias do Rio de Janeiro cheias durante os dias de semana são prova
de caráter folgado do cidadão carioca. Quando nos deparamos com uma
exceção admitimos que alguém possa ser limpo apresar de francês;
trabalhador, apesar de mexicano; discreto, apesar de ser italiano;
honesto, apesar de árabe; desprendido do dinheiro, apesar de judeu, e
por aí afora. Mas admitimos com relutância e em caráter totalmente
excepcional. Raramente nos damos ao trabalho de analisar as nossas
afirmações mais a fundo. Não nos preocupamos em estudar, em nos informar
sobre o papel que a escravidão teve na formação histórica do negro
brasileiro. Pouco atentamos para a realidade social do povo mexicano e
de como ele aparece estereotipado no cinema hollywoodiano. Ao invés
disso, a nossa tendência é reproduzir, de forma acrítica, esses
preconceitos que nos são passados por piadinhas, por tradição familiar,
pela religião, pela necessidade de compensar nossa real inferioridade
individual por uma pretensa superioridade coletiva que assumimos ao
carimbar o “outro” com a marca de qualquer inferioridade.
Temos
pesos, medidas e até um vocabulário diferente para nos referirmos ao
“nosso” e ao do “outro”, numa atitude que, mais do que
autocondescedência não passa de preconceito puro. Por exemplo, a nossa é
religião, a do outro é seita; nós temos fervor religioso, ele são
fanáticos; nós acreditamos na lei de Deus (o nosso é sempre em
maiúscula), eles são fundamentalistas; nós cometemos excessos
compreensíveis, eles são um caso perdido; jogamos muito melhor, o
adversário tem é sorte; e, finalmente, não temos preconceito, apenas
opinião formada sobre as coisas.
Ou
deveríamos ser como aqueles que para afirmar qualquer coisa acham
necessário estudar, observar atentamente, ponderar a origem da
informação, as intenções de quem informa? Não só isso, mas adotar uma
atitude receptiva a novos dados, mesmo que contrariem o nosso
conhecimento anterior? Observar, estudar e agir, respeitando as
diferenças, é o que se espera de cidadãos que acreditam na democracia e,
de fato, lutam por um mundo mais justo. De nada adianta praticar a
nossa indignação moral diante da televisão, protestando contra limpezas
raciais e discriminações pelo mundo afora, se não ficaremos atentos ao
preconceito nosso de cada dia.
Quando falamos em preconceito...Quase ninguém fala o que realmente é o que senti sobre esse assunto. Muitos acreditam que para ser considerados preconceituo é necessário bater, ou não gosta de homossexual ou fazer diferença em relação a cor. Mais o preconceito vai além desde temas que são tão polêmicos. Um exemplo de preconceito que nem todo mundo percebe:Quanto "solta" piadinhas besta ou até mesmo uma descriminação a cultura de alguém. Se fossemos falar e dar exemplos nós iriamos perceber que todos nós somos preconceituosos. Não é obrigada nós gostamos de tudo ou de todos, mas somos obrigados a RESPEITAR.
ResponderExcluir~Regilane Oliveira~ Secretária Escolar~
Acho importante respeitar a cultura e a diferença de cada um. Gostei muito do tema africanidade estudado nas nossas aulas de literatura. FRANCISCO FERNANDO DE SOUSA CHAGAS . MANUTENÇÃO A 3 SÉRIE.
ResponderExcluirNestas aulas vimos a raizes africanas na literatura, e a influência dessa raizes na literatura brasileira que foi estudada no poema de Jorge de Lima '' Negra fulô"
ResponderExcluirFRANCISCA ÉRICA DE LIMA N°11
AUTOMOTIVA ''A''