- Meu Deus, alguém ajude minha mãe!
- Calma, meu amor, já estou ligando para o hospital.
Mas era tarde, dona Carolina já não emitia nenhum som. A pobre velha havia "partido" e, rapidamente, uma multidão se aglomerava para saber o motivo de tamanho escândalo.
A noite caiu, e aquela pobre filha não conseguia engolir uma simples gota d'água, pois, sem sua mãe, a vida não tinha mais sentido, e o único desejo almejado por seu coração era a morte.
Passara a noite, parecia que o sol havia se recusado a aparecer, tornando aquele dia uma extensão da tristeza daquela pobre família. Sem saber de nada, a pobre empregada, que havia chegado pela manhã, ia ao encontro do quarto do casal para buscar as vestes e lavá-las; porém, antes que esta pudesse adentrar no quarto, encontra um vidro estranho, com um líquido também estranho.
- O que é isto?
Perguntou a si mesma.
- Meu Deus, será veneno?
Mesmo sem saber de nada, a pobre moça havia acertado o palpite; era mesmo veneno! Mas, e agora? Quem poderia ter cometido tamanha crueldade? A moça estava confusa, e resolveu sair em busca da delegacia mais próxima, para colher impressões digitais.
Passou-se o tempo e a empregada guardou aquele segredo. Certo dia, a serviçal estava limpando a casa, e, de repente, o telefone tocou:
- Alô!
- Alô! É da delegacia! Gostaria de falar com Maria.
- É ela mesma.
- Seu laudo sobre o vidro estranho saiu, e já está disponível.
- Obrigado pelo informe, já estou a caminho.
- Por nada. Estou a sua espera.
Maria estava aflita, mas não podia deixar aquele assassino(a) impune.
Maria chega à delegacia e lê o laudo tão temido.
- Cruzes, mas, por quê?
Maria retorna para casa, desnorteada, procurando entender tal situação. Ao anoitecer, a filha da falecida chega ao trabalho, então Maria chama a mulher para uma séria conversa.
- O que aconteceu, Maria? Você está me assustando!
- Dona Eliane, é sobre sua mãe, descobri que ela não morreu naturalmente!
- Meu Deus, o que aconteceu? Me fale tudo e não me esconda nada.
- Ela envenenou-se.
Eliane, agora aos prantos de choro, se pergunta:
- Por quê?
- Eliane, agora uma outra notícia não muito feliz.
- Outra?
- Vocês estão falidos.
- Que conversa é essa, Maria?
- Sua mãe gastou tudo, a qualquer instante, a polícia irá vir aqui.
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João Filho, da Redes |
Eliane tem uma discussão enorme com Maria. A campainha toca, era um policial, tendo posse de um mandato de busca e apreensão.
A família foi morar na rua, pois havia perdido o direito de seus bens, mas não aceitou tudo de cabeça baixa, investigou a terrível situação.
Certo dia, chegaram a uma resposta:
- Fomos roubados, Maria, sua desgraçada!
Maria havia passado todos os bens da família para seu nome, mas fora descoberta. Esta fora presa e Eliane e sua família conseguiram limpar seus nomes e recuperar seu patrimônio.
João Alves da Silva Filho
(Redes de Computadores)