A semana que vem será dedicada a uma reflexão sobre a questão da imersão da cultura africana na na nossa Língua e nas Artes. Mais do que nunca é hora de nos orgulharmos de nosso sangue NEGRO!
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Conteúdo para o Provão do 3˚ bimestre
sábado, 24 de agosto de 2013
Murilo Mendes
CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha terra tem macieiras da Califórnia
Onde cantam gaturamos de Veneza
Os poetas da minha terra
São pretos que vivem em torres de ametista,
Os sargentos do exército são monistas, cubistas,
Os filósofos são polacos vendendo à prestações.
A gente não pode dormir Com os oradores e os pernilongos
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado Em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas são mais gostosas
Mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
E ouvir um sabiá com certidão de idade!
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No poema a seguir, Murilo Mendes relaciona o mundo espiritual ao mundo material, explicitando a relação da sensualidade com a religiosidade:
POEMA ESPIRITUAL
Eu me sinto um fragmento de Deus
Como sou um resto de raiz
Um pouco de água dos mares
O braço desgarrado de uma constelação.
A matéria pensa por ordem de Deus,
Transforma-se e evolui por ordem de Deus.
A matéria variada e bela
É uma das formas visíveis do invisível.
Na igreja há pernas, seios, ventres e cabelos
Em toda parte, até nos altares.
Há grandes forças de matéria na terra no mar e no ar
Que se entrelaçam e se casam reproduzindo
Mil versões dos pensamentos divinos.
A matéria é forte e absoluta
Sem ela não há poesia.
No meio do caminho havia um poeta: Drummond
Ouça, a seguir, alguns poemas do grande poeta Drummond narrados por ele mesmo, por Paulo Autran e cantado por Paulo Diniz:
Estudiosos como Affonso Romano de Sant’ana identificam nos poemas de Drummond uma marca irônica, quando seu eu se revela maior que o mundo; uma poesia de cunho social, sempre que o eu se apresenta menor que o universo no qual habita; e a poética metafísica, fruto da igualdade entre o eu e seu contexto.
Fonte: http://www.infoescola.com/biografias/a-poetica-de-carlos-drummond-de-andrade/
Para se entender alguns aspectos da poesia do autor, é preciso ter em mente que ele viveu a era marcada pelo desenrolar da Segunda Guerra Mundial, e vivenciou o momento pós-guerra, caracterizado essencialmente pela tensão constante da Guerra Fria, pela soberania do capitalismo e pelo emergir de inúmeros governos totalitários.
Este contexto explica o recorrente questionamento sobre o significado da existência, a insistente lembrança da repressão que simboliza esta época, a advertência explícita dos desdobramentos da política nazi-fascista, o pessimismo de sua visão de mundo.
Fonte: http://www.infoescola.com/biografias/a-poetica-de-carlos-drummond-de-andrade/
Regência Verbal
Lembrem-se que este assunto é primordial para sua redação.. dependendo do uso, ou não, da preposição, seu texto pode mudar, completamente, de sentido. O vídeo, a seguir, dá mais dicas sobre o assunto:
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
"Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história
Será que, nesse episódio, finalmente encontraremos a confirmação do primeiro verso de Drummond: "João amava Teresa..."? Confira:
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