
sem por-me infiel à elegância destas linhas.
Deixa as mãos, o grito que rasga o peito,
põe no papel a descrição da alma minha.
Não me vem maneira de replicar-lhe, coisa bela,
vem do Divino, perfeição, sem vaidade.
Apenas verbos vazam e me acodem pelos dedos,
mesmo que o façam com tamanha dificuldade.
E como dar forma aos cílios longos?
Aos olhos oblongos, ao brilho da esfera?
Como ser tão exata no traço? Desenhar o laço,
a recompensa da espera.
Em vão procurei teus olhos nos meus,
Falhei em estilo, em cor, em perfeição,
Fui falha em levar ao papel aqueles olhos,
Nestas palavras desenhei o que me flui do coração.
Rosigela Arruda
(Man. Aut. B)
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ResponderExcluirQuerida isabel..só queria dizer que você errou o terceiro verso da primeira estrofe,o correto é:
Excluir"leva as mãos o grito que rasga o peito"
Mas desde já agradeço por ter postado meu poema...
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ResponderExcluirMuito bom esse poema porque ela mostra o que está sentindo de forma tão natural, mas de um jeito que encanta profundamente. E impressionante a capacidade de exploração de característica e como ela coloca tudo a serviço da escrita dela.
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ResponderExcluirEssa descrição foi magnífica e demonstra a grande emoção da escritora.Achei muito lindo e,definitivamente,o seus sentimentos por esses 'olhos' devem ser muito fortes.Esses versos,sairam realmente do coração.Lindo.
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